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Ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, Hudson Braga veio a público negar as informações citadas no acordo de colaboração do ex-governador Sérgio Cabral, preso na Operação Lava Jato, de que teria operado repasses ilegais ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, em troca da venda de decisões judiciais. A Polícia Federal pediu ao STF a abertura de investigação contra o magistrado, acusado de receber R$ 4 milhões para ajudar dois prefeitos do Rio em processos que tramitavam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em nota, através do advogado Roberto Pagliuso, o ex-secretário afirma que jamais chegou sequer ao seu conhecimento o oferecimento de qualquer vantagem ao ministro. "Sérgio Cabral tenta se safar de suas responsabilidades, alterando suas estratégias. Ora negou os fatos, ora adotou manobras processuais e depois de ver a consolidação de suas penas, resolveu, por desespero, criar fatos para viabilizar sua colaboração premiada. Nunca teve qualquer apreço pela verdade, nunca produziu qualquer prova de suas alegações mentirosas", diz a manifestação.
O Supremo vai começar a julgar no próximo dia 21, no plenário virtual, se valida ou não a delação premiada de Cabral. Isso porque a Procuradoria-Geral da República (PGR) contesta o acordo por considerar que não foram apresentados fatos novos.