O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta terça-feira (27), o relatório final da Polícia Federal (PF) que destaca que o deputado e seu pai, o vereador carioca Cesar Maia (DEM), praticaram crime eleitoral "na modalidade 'caixa 3', ao apresentar apenas as informações de cunho estritamente formal das doações repassadas por empresas interpostas quando o verdadeiro doador era o Grupo Odebrecht". "Tratar de influência política como ato de corrupção é um grande exagero por parte de quem seja", afirmou Maia.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin deu 15 dias para a procuradora-geral, Raquel Dodge, decidir se oferece denúncia - ela também pode devolver com solicitação de novas investigações. Parlamentares afirmam que o cenário atual diverge dos últimos anos por dois aspectos: o primeiro é que as acusações contra Maia não trazem elemento novo e não há, hoje, uma força política organizada no Congresso para fazer uma oposição política capaz de abalar o apoio do presidente da Câmara. Aliados de Maia viram a medida como uma reação de grupos da Polícia Federal ao projeto de abuso de autoridade, aprovado no dia 16 de agosto.