Ao contrário do que a Gazeta do Povo informou nesta quinta-feira (26), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não terminou o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que investiga disparos de mensagens em massa durante a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL) e de Hamilton Mourão (PRTB), em 2018.
A reportagem intitulada "Campanha de Bolsonaro não fez disparos em massa no WhatsApp, julga TSE” divulgou, erroneamente, que a campanha eleitoral do atual presidente da República não cometeu irregularidades na contratação do serviço de envio de mensagens. Contudo, não foi o que o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Jorge Mussi, determinou.
A decisão de Mussi é interlocutória e o assunto ainda será julgado pelo plenário da corte. Não há data marcada para que isso aconteça. O despacho não indeferiu a ação inteira promovida pela Coligação O Povo Feliz de Novo, que teve Fernando Haddad (PT-SP) como candidato à Presidência da República, mas negou apenas alguns pedidos. A ação foi movida a partir de uma série de reportagens da Folha de S. Paulo.
No despacho, o corregedor negou a produção de novas provas. Os autores da ação solicitaram a juntada de novos documentos e a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático dos sócios das empresas citadas na reportagem. O ministrou rejeitou também o pedido para que os jornalistas, que produziram a reportagem, prestassem depoimento. Ele alegou que o trabalho jornalístico é garantido pelo sigilo da fonte. Mussi só aceitou a juntada do depoimento de uma testemunha da defesa.
A Gazeta do Povo pede desculpas aos seus leitores.