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O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), candidato a presidente da Câmara, se arrepende de ter votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. "Se fosse hoje eu não votaria o impeachment dela não", declarou, em entrevista à Gazeta do Povo. Segundo o deputado, impeachment "só se for uma coisa gravíssima". Ramalho disse que o momento atual "não é para você falar em impeachment" contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em abril de 2016, na votação pelo impeachment de Dilma, Ramalho disse que havia "pedido a Deus" que o iluminasse e que seu voto era destinado aos "milhões de desempregados deste país".
A decisão da abertura de um processo de impeachment contra o presidente da República é competência exclusiva do presidente da Câmara. O afastamento de Dilma se iniciou após o então comandante da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), entrar em rota de colisão e autorizar a tramitação do afastamento.
A eleição para a presidência da Câmara está marcada para 1º de fevereiro. Ramalho deve ter como principais adversários Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP). Ambos também votaram a favor do afastamento de Dilma.