Candidato a vice-presidente da Argentina na chapa do atual chefe do Executivo local, Mauricio Macri, o senador Miguel Ángel Pichetto se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (27), no Palácio da Alvorada, em Brasília. A pauta da reunião incluiu temas como a integração entre os países, críticas ao regime chavista da Venezuela e o acordo recentemente firmado entre o Mercosul e a União Europeia.
Pichetto ressaltou "visões semelhantes" entre Bolsonaro e Macri para a gestão da economia em seus países, já que ambos defendem a abertura econômica, enquanto os adversários - no caso argentino, Alberto Fernández e Cristina Kirchner - são favoráveis a políticas intervencionistas. O senador também mostrou sintonia com Bolsonaro ao criticar as pesquisas eleitorais de seu país: “são pouco confiáveis”. Os levantamentos não têm apontado um cenário favorável à chapa governista. Mas Pichetto mostrou visão diferente de Bolsonaro em relação a governos militares. Ele disse que a ditadura na Argentina, que vigorou entre 1976 e 1983, foi “dolorosa e terrível”, e que não iria comentar sobre o regime militar brasileiro. Bolsonaro é o primeiro presidente desde a redemocratização que defende o governo militar, estabelecido entre 1964 e 1985.
