O diretor do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, tem depoimento previsto para a quarta-feira (6) na CPI mantida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte que apura a condução do combate à pandemia no estado. Ele obteve um habeas corpus que o concedeu o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento. A decisão judicial foi criticada pelo presidente da CPI local, o deputado estadual Kelps Lipa (Solidariedade): "[Gabas] Quer administrar os recursos do RN, mas não quer prestar contas ao Estado”.
A CPI da Assembleia potiguar convocou Gabas por conta de uma compra de respiradores feita pelo Consórcio Nordeste. Os objetos não foram entregues à rede de saúde pública do estado.
A presença de Gabas é um tema recorrente na CPI da Covid do Senado. Parlamentares que apoiam o presidente Jair Bolsonaro defendem a realização do depoimento do diretor do Consórcio Nordeste, por entenderem que o episódio com os respiradores é um dos mais significativos desvios registrados durante a pandemia de Covid-19. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) apresentou um pedido de convocação de Gabas, o que acabou rejeitado pela maioria da comissão.
Gabas é filiado ao PT e foi ministro durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.