A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pelo arquivamento de pedidos pela apuração de suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito da Polícia Federal sobre tráfico de influência e corrupção dentro do ministério da Educação, quando a pasta era comandada por Milton Ribeiro. Ao negar o pedido, apresentado por parlamentares de oposição, a magistrada afirma que já existe investigação sobre o caso, em andamento dentro do próprio STF, e por isso não existiria a necessidade da abertura de outra apuração.
A Procuradoria-Geral da República havia se manifestado pelo arquivamento do pedido em questão, ao afirmar que a solicitação "estaria contemplada" no inquérito em andamento, que está sob sigilo e tem relatoria da própria Cármen Lúcia.
A suspeita relacionada a Bolsonaro surgiu ainda em junho, quando veio à tona gravação telefônica na qual o ex-ministro relata à sua filha que recebera uma ligação do presidente, na qual ele teria dito que tinha um “pressentimento” de que Ribeiro poderia ser alvo de busca e apreensão. A conversa ocorreu em 9 de junho e a medida contra o ex-ministro, executada no dia 22.