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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia cobrou nesta terça-feira (23) informações da Procuradoria-Geral da República (PGR) referentes às investigações preliminares sobre a live em que o presidente Jair Bolsonaro fez declarações contra o sistema eletrônico de votação. A PGR tem 15 dias para se manifestar. Na apuração preliminar, o procurador-geral da República, Augusto Aras, deve apontar se existe indicação de crime nos atos do presidente que justifiquem a abertura de um inquérito.
A ministra já havia cobrado a PGR sobre um pedido de investigação contra o mandatário feito por deputados, após a live, segundo o G1. Na época, Aras defendeu que a notícia-crime dos parlamentares deveria ser arquivada. Cármen Lúcia ressaltou que a PGR deve informar os desdobramentos ao STF, não em despachos internos. “Não se pode afastar o controle deste Supremo Tribunal da supervisão de qualquer caso, instaurando procedimento próprio com a exclusão da fiscalização exercida pelo Poder Judiciário”, afirmou a magistrada.