Ouça este conteúdo
Depois de o ministro da Educação, Abraham Weintraub, dizer que, por ele "botava esses 'vagabundos' todos na cadeia", "começando no STF", a ministra Cármen Lúcia saiu em defesa da Corte nesta terça-feira (26) . Para Cármen, os ministros do Supremo honram a história da instituição e comprometem-se com o futuro da democracia brasileira e não serão abalados por "agressões eventuais". "Nós, juízes deste Supremo Tribunal, exercemos nossas funções como dever cívico e funcional, sem parcialidade nem pessoalidade. Todas as pessoas submetem-se à Constituição e à lei no Estado Democrático de Direito. Juiz não cria lei, juiz limita-se a aplicá-la. Não se age porque quer, atua-se quando é acionado. Nós, juízes, não podemos deixar de atuar. Porque sem o Poder Judiciário, não há o império da lei, mas a lei do mais forte", disse Cármen Lúcia. A fala da ministra também sucede a decisão do ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), de divulgar uma nota afirmando que poderá haver "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional" caso o Supremo aceite o pedido de partidos da oposição de apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).