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O ministro Celso de Mello afirmou nesta sexta-feira ao jornal O Estado de S.Paulo que a decisão de antecipar em duas semanas a sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal foi tomada por motivo de saúde. Celso de Mello se aposentaria compulsoriamente em 1º novembro, ao completar 75 anos, mas anunciou que deixará a Corte no dia 13 de outubro. A cadeira que ficará vaga com a saída do decano será a primeira a ser preenchida por indicação do presidente Jair Bolsonaro. Em nota enviada ao Estadão, Celso de Melo afirmou que “razões estritas (e supervenientes) de ordem médica tornaram necessário, mais do que meramente recomendável, que eu antecipasse a minha aposentadoria". O ministro disse ainda que espera poder julgar, na medida do possível, os casos de que é relator. Entre outros, Celso de Mello é o responsável na Corte pelo inquérito que investiga suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal e, consequentemente, tem nas mãos a controversa questão sobre o depoimento de Bolsonaro - que , ele determinou, ocorresse de forma presencial. A discussão está marcada para o dia 2 de outubro, no plenário virtual do STF.