O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse nesta quinta-feira (29) que a auditoria aberta para investigar supostas irregularidades no contrato da vacina Covaxin não detectou irregularidades no preço, nem nos prazos determinados no acordo. Mesmo assim, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que vai cancelar o contrato. A informação foi divulgada pelo portal G1.
Rosário ressaltou que a investigação preliminar continua e que vai apurar uma suposta adulteração de uma procuração. O documento em questão autorizava a Precisa Medicamentos a falar em nome da Bharat Biotech. De acordo com o ministro da CGU, a procuração não foi emitida pela empresa indiana, e passará por perícia da Polícia Federal.
O contrato com a Covaxin se tornou alvo da CPI da Covid, após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, denunciarem que houve "pressão atípica" para dar continuidade às negociações da vacina.
No entanto, Rosário afirmou que não é necessário "agradecer" o servidor, pois ele estaria apenas fazendo seu trabalho. “Não tem que dar parabéns. Ele recebe um salário para fazer o trabalho que ele fez”, disse o ministro em entrevista coletiva.