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Cruzamentos de bases de dados realizados pela Controladoria-Geral da União com o objetivo de combater irregularidades no pagamento do auxílio emergencial indicam que só no mês de maio foram feitos 317.163 repasses desses recursos a agentes públicos. O montante de recursos envolvidos para os pagamentos indevidos que foram feitos a esse público naquele mês é de quase R$ 223 milhões. São 7.236 pagamentos a beneficiários que constam como agentes públicos federais com vínculo ativo no Sistema Integrado de Administração de Pessoal (Siape) e 17.551 pagamentos a CPF que constam como servidores militares da União. Nas esferas estaduais, distrital e municipais, foram identificados 292.376 pagamentos a agentes públicos, ativos, inativos e pensionistas. A CGU ressalta que, pela forma de operacionalização do benefício, é possível que os servidores não tenham feito solicitação para o seu recebimento, mas que tenham sido incluídos automaticamente como beneficiários do auxílio emergencial por estarem no Cadastro Único para programas sociais. Há ainda a possibilidade de que o CPF tenha sido inserido como solicitante do auxílio de forma indevida, em ação fraudulenta de terceiros.