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Relações Exteriores

Chanceler diz que posição do Brasil sobre quebra de patentes das vacinas não mudou

"O Brasil não pode se afastar dos produtores de vacinas", disse o chanceler. (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Alberto de Franco França, disse nesta quinta-feira (6), que o governo brasileiro não mudou de posição sobre a proposta de quebra de patentes de vacinas contra a Covid-19 na Organização Mundial do Comércio (OMC). França afirmou aos parlamentares que, pelo menos por enquanto, o Brasil ainda é mais favorável a uma "terceira via", encabeçada por Chile e Canadá. "A posição do governo não mudou", disse França, durante audiência na sessão na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. O ministro argumentou que o Brasil poderá ter mais ganho nessa área por meio de uma terceira via. O chanceler também comentou que até então a proposta de quebra de patentes não tinha adesão de membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

"Ainda estamos tentando entender a mudança dos EUA sobre quebra de patentes, mas a posição do Brasil não mudou", disse. "Não tenho amor a nenhuma dessas posições (sobre quebra de patentes). Temos sempre o direito de mudar de opinião." Nesta quinta, depois do anúncio americano, a União Europeia também sinalizou que pode mudar de posição. Para o Brasil, segundo o ministro, essa proposta de quebra de patentes apenas tende a favorecer países que já são detentores de tecnologia. Mais cedo, na mesma comissão, ele havia dito que, mesmo com a ajuda dos laboratórios, era difícil reproduzir as vacinas em outros lugares. "O Brasil não pode se afastar dos produtores de vacinas", disse o chanceler, indicando que essa postura poderia deixar o País numa situação delicada em relação a contratos.

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