Senador Chico Rodrigues (DEM) é suspeito de integrar organização criminosa voltada ao desvio de recursos federais destinados ao combate da pandemia em Roraima.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Ouça este conteúdo

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado em outubro do ano passado com dinheiro escondido na cueca, deve reassumir seu mandato no Congresso. Rodrigues foi beneficiado por uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que optou, nesta quarta-feira (17), por não prorrogar o afastamento do senador, que já durava 121 dias. A medida abriu caminho para que o parlamentar volte a exercer suas funções a partir desta quinta-feira (18).

Durante esse período, o Conselho de Ética do Senado sequer analisou o caso e o mandato foi ocupado por Pedro Arthur, suplente e filho de Rodrigues. Barroso manteve, entretanto, o afastamento do senador de Roraima da comissão que discute a destinação de recursos para o combate da pandemia.

Segundo informações do STF, ao analisar a situação do senador, o ministro levou em consideração que não há fatos recentes que justifiquem uma nova decisão de afastamento do mandato. Além disso, o Ministério Público ainda não ofereceu denúncia. Diante desse quadro, Barroso entendeu que não há indícios de que o senador possa prejudicar o andamento das investigações, que seguem em curso. Frisou, porém, que pode rever a decisão, “caso sobrevenha notícia de alguma irregularidade”. Chico Rodrigues é suspeito de fraude e dispensa indevida de licitações, de peculato e de integrar organização criminosa voltada ao desvio de recursos federais destinados ao combate da pandemia em Roraima.

Publicidade