A Embaixada da China apresentou uma reclamação formal ao governo brasileiro devido a uma provocação postada no Twitter por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O deputado federal que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara acusou o Partido Comunista Chinês de espionagem, ao falar sobre a adesão do Brasil à Clean Network (Rede Limpa), iniciativa organizada pelos Estados Unidos para impedir a Huawei de operar os serviços de 5G. Segundo O Globo, a embaixada classificou as declarações do filho do presidente Jair Bolsonaro como "infames", e afirmou que elas prejudicam o Brasil.
"Instamos essas personalidades a deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China e a amizade sino-brasileira, e evitar ir longe demais no caminho equivocado, tendo em vista os interesses de ambos os povos e a tendência geral da parceria bilateral. Caso contrário, vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil", diz o documento.
O tuíte de Eduardo sobre a "espionagem da China" foi publicado na segunda-feira (23), mas foi excluído. Os diplomatas chineses aproveitaram para lembraram que a China é o maior parceiro comercial do Brasil há 11 anos consecutivos, além de investir constantemente no país. Em março, Eduardo Bolsonaro confrontou Pequim ao culpar a China pela pandemia de Covid-19.