As fortes chuvas que atingiram o município de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, deixaram dezenas de mortos e desaparecidos, e um rastro de destruição e caos pela cidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, ao menos 94 mortes foram causadas pelos temporais na região desde a terça-feira (15). Pelo menos 54 casas foram destruídas e 21 pessoas foram socorridas com vida, segundo a Defesa Civil Estadual. O Corpo de Bombeiros mantém buscas nos locais onde houve deslizamentos de terra e o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Civil, está trabalhando na identificação dos corpos.
A prefeitura decretou estado de calamidade pública e luto oficial de três dias. Mais de 300 pessoas tiveram que sair de suas casas. Vinte e cinco escolas da cidade estão abertas para receber desabrigados. Em nota, o prefeito do município, Rubens Bomtempo, disse que o número de vítimas pode ser maior. “Vivemos um momento de grande tristeza com o número de vítimas fatais que ainda pode aumentar e a quantidade de ocorrências que impactam drasticamente a nossa cidade. Unimos todos os nossos esforços e contamos com o suporte do Estado para o atendimento ágil às vítimas e recuperação da cidade”.
Um dos locais mais afetados pelas chuvas foi o morro da Oficina, no Alto da Serra, onde um deslizamento de terra destruiu várias residências. De acordo com a prefeitura municipal, cerca de 80 casas foram afetadas. O volume de chuva em Petrópolis chegou a 260 milímetros em apenas seis horas, superando a média de 238,2 milímetros esperada para todo o mês de fevereiro. Houve alagamentos em diversos pontos da cidade.
Entre as localidades mais atingidas estão ainda a 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Rua Uruguai, Rua Washington Luiz, Coronel Veiga, Vila Militar, Vila Felipe, Avenida Portugal e Rua Honorato Pereira.
Em viagem à Rússia, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou pelas redes sociais e afirmou que determinou auxílio imediato para as vítimas. "De Moscou tomei conhecimento sobre a tragédia que se abateu em Petrópolis/RJ. Fiz várias ligações para os Ministros Rogério Marinho e Paulo Guedes para auxílio imediato às vítimas, bem como conversei com o general Braga Neto, que me acompanha na Rússia. Falei também com o governador do Rio, Cláudio Castro, que se encontra na região atingida. Retorno na próxima sexta-feira e, mesmo distante, continuamos empenhados em ajudar ao próximo. Deus conforte aos familiares das vítimas”, escreveu o presidente.