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Pelo menos seis pessoas morreram nas últimas 24 horas por asfixia devido à falta falta de oxigênio no município de Faro, no Pará, segundo a prefeitura da cidade. A realidade no local é de colapso na área da saúde com a falta de oxigênio, leitos e medicamentos para os pacientes em tratamento da Covid-19. O município fica na divisa com o Amazonas, que enfrente uma grave crise na saúde e relatos de falta do insumo.
Na manhã desta terça-feira (19), o prefeito Paulo Carvalho conseguiu comprar 20 balas de oxigênio na cidade de Santarém (PA). Além de Santarém, Faro também costuma comprar suprimentos de oxigênio em Manaus, no Amazonas. "Ambas as cidades estão em crise. A demanda é maior que a quantidade, porque a produção está comprometida", diz Carvalho.
O governador do Pará, Helder Barbalho, se manifestou no Twitter. "O Governo do Estado informa que os caminhões com cilindros de oxigênio já chegaram ao município de Santarém, para dar suporte aos leitos de hospitais, e estão seguindo para os municípios de Oriximiná, Terra Santa, Faro e Juruti", escreveu.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que no Pará duas empresas são responsáveis pelo fornecimento de oxigênio, White Martins e Air Liquide. Somente a empresa White Martins produz atualmente 58 mil m3 por dia, quantidade suficiente para o abastecimento de todo o Estado. A Sespa esclarece, ainda, que é responsabilidade das secretarias municipais de Saúde a manutenção.