O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta sexta (6) um relatório que aponta uma diminuição de 43 mil para apenas cinco mil pessoas acampadas próximas a quartéis do Exército pelo Brasil, segundo o jornal O Estado de São Paulo. A desmobilização teria se dado em um intervalo de praticamente um mês, e hoje é somente 12% do tamanho que tinha em dezembro.
O relatório elaborado pelo ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, aponta que a maior concentração ainda é em São Paulo, com cerca de 500 pessoas, seguida de Brasília, com 200 acampadas em frente ao Quartel-General do Exército. Também há um protesto no Mato Grosso do Sul, com influência de produtores rurais e do agronegócio, diz o jornal.
Segundo o Estadão, o ministro também relatou que equipamentos dos manifestantes são recolhidos diariamente dos acampamentos, e que a desmobilização ocorre sem violência. No entanto, a desocupação de um grupo em Belo Horizonte na sexta (6) terminou em confusão de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e profissionais da imprensa.
Também na sexta (6), mas mais à noite, uma carreata de manifestantes fechou avenidas do centro e da zona Sul de São Paulo em protesto contra a eleição e posse de Lula à presidência. Com palavras de ordem, o grupo pretendia interromper o acesso ao Aeroporto de Congonhas, o que não aconteceu.
A desmobilização dos acampamentos está na mira do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), que espera uma desocupação pacífica, mas não descarta uma “coercitividade” caso não haja acordo.