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A coligação que ajudou a eleger Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta quinta-feira (8) duas ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a inelegibilidade do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em uma das ações, a campanha de Lula pede que Bolsonaro e seu candidato a vice, o general Walter Braga Netto, sejam investigados por suposto abuso de poder político e econômico.
Os advogados argumentam que o atual mandatário usou a máquina pública ao lançar um “pacote de bondades” com o objetivo de se reeleger, como a antecipação do pagamento de benefícios sociais, informou o portal Jota. A coligação Brasil da Esperança considera que Bolsonaro "concedeu ilegais benefícios financeiros aos cidadãos brasileiros durante o período eleitoral, com o claro intuito de angariar votos e, portanto, influenciar na escolha dos eleitores brasileiros, de modo a ferir a lisura do pleito".
"Tem-se por evidente, ao menos, indícios de interferência no pleito de 2022 e de ausência de isonomia com os demais candidatos à presidência da República. E tal interferência se dá por meio de abuso de poder político e abuso de poder econômica", diz o documento.
A outra ação mira Bolsonaro, Braga Netto e aliados como as deputadas Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador eleito Magno Malta (PL-ES), o deputado eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) e o empresário Gustavo Gayer (PL-GO), eleito deputado federal. Neste processo, a campanha de Lula pede a investigação do grupo por possíveis crimes eleitorais por questionar a lisura do sistema eleitoral nas redes sociais.
"Aqui não se trata de uma denúncia acerca de falas de ataque ao sistema posto. Será demonstrado e comprovado que os investigados, principalmente Jair Messias Bolsonaro, buscam emplacar, há muito, um projeto de poder totalitário e autocrático a partir da corrosão da matriz existencial da democracia brasileira, qual seja, o livre exercício do voto direto, livre e consciente, por meio da deterioração do sistema eleitoral brasileiro", diz a petição.