Centrais sindicais e movimentos sociais decidiram suspender as manifestações de rua contra o governo, que estavam marcadas para a próxima quarta-feira. A medida segue a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de evitar aglomerações para diminuir a propagação da pandemia de coronavírus. Os atos eram contrários à agenda de reformas econômicas promovidas pelo governo Jair Bolsonaro e favoráveis à revogação da lei do teto de gastos.
Em reunião realizada na quinta-feira, a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) propuseram o cancelamento dos protestos. Em uma nota conjunta divulgada pelo Twitter, as entidades falam em "severa cautela" para evitar a proliferação do Covid 19, mas defendem que os trabalhadores não deixem de lutar contra "mazelas promovidas pelo governo Bolsonaro". A Central Única dos Trabalhadores (CUT), que também esteve presente à reunião, decidiu manter o calendário de mobilização para o dia 18, mas deve reavaliar a realização de atos públicos na próxima segunda-feira. A entidade afirmou que, diante da crise, o governo precisa atuar para garantir a preservação dos empregos e a retomada da economia.