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Pandemia

Pacientes morrem asfixiados por falta de oxigênio em hospital de Manaus

Ministério da Saúde e o governo do Amazonas transferiram suprimentos de oxigênio de São Paulo e de Fortaleza para começar a reabastecer os estoques nos hospitais do estado (Foto: Michael Dantas/AFP)

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Com o grande número de casos de pessoas infectados com a Covid-19 em Manaus, o sistema de saúde entrou em colapso e a falta de insumos para o tratamento da doença já começa a comprometer o atendimento de pacientes internados. Na manhã desta quinta-feira (14), o Hospital Universitário Getúlio Vargas ficou cerca de quatro horas sem oxigênio e os profissionais de saúde relatam que pacientes já estão morrendo asfixiados.

"Colegas perderam pacientes na UTI por causa da falta de oxigênio. Eles ainda tentaram ventilar manualmente, mas foi só para tentar até o último recurso mesmo, porque é inviável manter isso por muito tempo. Cansa muito, tem que revezar os profissionais. Chamaram residentes para ajudar na ventilação manual. A vontade que dá é de chorar o tempo inteiro. Você vê o paciente morrendo na sua frente e não pode fazer nada. É como se ver numa guerra e não ter armas para lutar", relatou ao Estado de S.Paulo uma médica que não quis se identificar. Em nota, o hospital reconheceu a falta do insumo e afirmou que o problema não afeta apenas a instituição, como também todo o município. O HUGV informou também que tem contrato vigente para o recebimento de oxigênio, mas que não recebeu o suficiente para atender a grande demanda e que vem tentando solucionar o problema.

No final desta tarde, o Ministério da Saúde e o governo estadual do Amazonas transferiram suprimentos de oxigênio de São Paulo e de Fortaleza para começar a reabastecer os estoques do insumo nos hospitais do Estado.

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