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Os testes clínicos da vacina brasileira anunciados ontem pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) devem demorar entre 9 e 12 meses, o que indica que o imunizante deverá estar disponível somente no ano que vem. É o que estima Helena Faccioli, presidente da Farmacore, empresa de biotecnologia que desenvolveu o produto em parceria com cientistas da USP. "As fases 1 e 2 terão 360 voluntários e devem durar de 3 a 4 meses. Se somarmos o tempo necessário para a fase 3, a gente prevê que todo o estudo clínico demore de 9 a 12 meses".
Helena conta que recebeu a garantia do MCTI de repasse de R$ 30 milhões para viabilizar as fases 1 e 2. "Eles já estão nos acompanhando desde o início do projeto, em abril do ano passado. Mas a assinatura do contrato só será feita após o aval da Anvisa para os testes", explica. A fase pré-clínica recebeu R$ 4 milhões do governo federal.
A presidente da Farmacore explica que a vacina utiliza dois componentes: uma partícula nanolipídica e um antígeno, que é a proteína S1 do coronavírus. O primeiro desperta o sistema imunológico e o segundo faz o corpo produzir anticorpos específicos para a Covid-19. O antígeno foi desenvolvido pela Farmacore e pela USP; já a partícula nanolipídica foi criada pela empresa americana PDS, parceira do projeto.