Plenário da CPI da Covid
Plenário da CPI da Covid.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O comando da CPI da Covid divulgou uma nota oficial após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite desta quarta-feira (2). Em rede nacional, Bolsonaro lamentou as mortes causadas pela Covid-19 e afirmou que todos os brasileiros que desejarem serão vacinados ainda neste ano contra a doença. Parte dos senadores que integram a CPI da Covid consideram que a declaração do presidente foi feita com atraso "desumano e indefensável".

“A inflexão do Presidente da República celebrando vacinas contra a Covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso. O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020, quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de ‘gripezinha’. Um atraso de 432 dias e a morte de quase 470 mil brasileiros, desumano e indefensável”, diz a nota. Para os senadores, o governo optou “por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a Covid-19”.

“A reação é consequência do trabalho desta CPI e da pressão da sociedade brasileira que ocupou as ruas contra o obscurantismo. Embora sinalize com recuo no negacionismo, esse reposicionamento vem tarde demais. A CPI volta a lamentar a perda de tantas vidas e dores que poderiam ter sido evitadas”, afirmam. Assinam a nota, divulgada pela Agência Senado: o presidente da CPI, Omar Aziz; o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues; e o relator Renan Calheiros. Também os senadores titulares da comissão: Tasso Jereissati, Otto Alencar, Humberto Costa e Eduardo Braga. E os suplentes: Alessandro Vieira e Rogério Carvalho.