O presidente da CPI da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), atacou a justificativa que o hospital Sírio Libanês apresentou para explicar a ausência do empresário Marcos Tolentino, que era esperado para falar à comissão na quarta-feira (1). O hospital alegou que Tolentino aguarda avaliação médica de diferentes especialidades - entre elas, cirurgia geral e psiquiatria.
"Ele foi internado com coceira e agora fala de cirurgia geral e psiquiatria", contestou Aziz. O senador Rogério Carvalho (PT-SE), que é médico, disse que o quadro de Tolentino demandaria a avaliação por neurologistas, e não pelas especialidades mencionadas. "Isso é mais uma lorota. O Sírio Libanês não está sendo correto com esta comissão", acrescentou o petista.
Outros parlamentares, tanto governistas quanto os da oposição ao governo de Jair Bolsonaro, também criticaram a situação e pediram mais ações para assegurar o depoimento de Tolentino.
Tolentino apresentou, na noite da terça-feira (31), um atestado médico à CPI para justificar sua falta no dia seguinte. Ele alegou que estava sofrendo formigamentos e que havia sido internado às 15h40 da terça. Apesar do quadro, porém, ele deu uma entrevista em vídeo ao site O Antagonista na noite da própria terça, na qual não aparentava problemas de saúde.