Morreu nesta sexta-feira (3) no Rio de Janeiro o fundador e coordenador do Disque Denúncia, Zeca Borges, aos 77 anos, vítima de um infarto. Ele deixa a esposa e dois filhos. O serviço criado por ele se tornou uma referência na área de segurança pública, auxiliando na coleta de informações e prisão de criminosos foragidos em todos os estados do Brasil e também em outros países. Borges era engenheiro civil e trabalhava no mercado financeiro antes de fundar o serviço telefônico em 1995, em parceria com empresários.
O Disque Denúncia é gerido por uma entidade privada e sem fins lucrativos, sendo totalmente financiado por empresas por meio de parcerias, contribuições e convênios. Inicialmente ele foi criado para ser uma central comunitária de atendimento telefônico para combater sequestros no Rio de Janeiro, baseado na experiência internacional do Crime Stoppers. Com o passar do tempo, o serviço expandiu sua área de atuação. Até hoje foram recebidas mais de 2,7 milhões de denúncias pelo canal. Somente em 2021 foram quase 75 mil notificações.
“O Rio perde o gaúcho mais carioca e apaixonado por essa cidade. E nós, perdemos um grande líder e um amigo Zeca, seu legado jamais será esquecido. Continuaremos firmes na missão que nos foi dada”, publicou a equipe do programa Disque Denúncia no Twitter.
O governador do Rio, Cláudio Castro, divulgou uma nota em que exalta o trabalho de Zeca no combate à criminalidade no estado. “O Rio de Janeiro perdeu um dos maiores defensores da paz e da justiça em nosso estado. Zeca Borges criou e coordenou o Disque Denúncia, uma das mais poderosas ferramentas à disposição da sociedade, que ajudou a prender mais de 20 mil criminosos. Uma iniciativa pioneira e inestimável para a segurança pública tão bem sucedida que foi levada a outros estados e países. Expresso minha gratidão pelo trabalho fundamental e pelo legado que Zeca nos deixou e minha profunda solidariedade à família e aos amigos”.