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O doleiro Dario Messer, que recentemente fechou acordo de delação e vai devolver R$ 1 bilhão às autoridades, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro no processo aberto a partir de provas obtidas na Operação Marakata, desdobramento da Lava Jato. A sentença foi proferida nesta segunda-feira (17) pelo juiz Alexandre Libonati, da 2ª Vara Federal Criminal do Rio, que negou ao doleiro a prerrogativa de recorrer da decisão em liberdade. O magistrado determinou que o mandado de prisão seja expedido após a pandemia da Covid-19. O juiz considerou procedente a denúncia apresentada pelo MPF contra Messer em 2018, por participação em um esquema de tráfico de pedras preciosas no mercado negro. Ele ainda é réu em outras duas ações penais, decorrentes das operações Patrón, sobre esquema de lavagem de dinheiro que facilitou a fuga do operador ao Paraguai, e Câmbio, Desligo, que prendeu doleiros acusados de lavarem dinheiro para o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e para comparsas do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em uma rede que, segundo os investigadores, operava em mais de 50 países.