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A defesa do ex-deputado federal Nelson Meurer, morto neste domingo por complicações da Covid-19, tinha entrado com pedido de prisão domiciliar por motivo de saúde na última quinta-feira (9), alegando torcer para que o desfecho do caso não fosse uma “crônica da besteira anunciada”. Para o advogado Michel Saliba, as decisões do relator da execução da pena no STF, ministro Edson Fachin, negando repetidamente a prisão domiciliar, eram equivocadas e não condiziam com “o verdadeiro sentido da pena, que é a ressocialização”.
“Rezo para que tudo termine bem e ele possa se recuperar do coronavírus. Mas isso não resolve, porque, curando do corona, ele é um preso com sentença de morte. Pelo quadro de comorbidades que ele tem – safenado, cardiopata e diabético grave - manter uma pessoa com as características do Nelson Meurer em prisão de regime fechado equivale a colocá-lo numa masmorra”, afirmou Saliba, três dias atrás. Da última vez em que negou o pedido de prisão domiciliar a Meurer, dia 8 de junho, o ministro Fachin considerou que o ex-deputado tinha sido examinado por médicos em duas oportunidades, que relataram saúde estável, apesar da convivência com doenças crônicas.