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A defesa do ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou nesta quarta-feira (6) que a decisão do presidente Jair Bolsonaro em depor pessoalmente no inquérito que investiga se o mandatário interferiu na Polícia Federal é uma tentativa de “esvaziar” um pedido feito pelo ex-juiz. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
Em outubro do ano passado, os advogados de Moro acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar Bolsonaro a comparecer à oitiva. Na época, o presidente pretendia depor por escrito. A Corte iria julgar o pedido nesta tarde, no entanto, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que o presidente está disposto a prestar esclarecimentos presencialmente. Com a decisão do Planalto, o STF suspendeu o julgamento.
Para a defesa de Moro, a AGU "tentou esvaziar o teor do agravo regimental interposto na corte". "Esse posicionamento da AGU somente confirma a procedência da tese defendida, desde o início da discussão do caso. A partir de agora, aguardamos a designação da data para a realização do ato procedimental de oitiva do investigado", disse em nota o advogado Rodrigo Sánchez Rios, que representa Moro.