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A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, pediu nesta quarta (26) a soltura dele por risco de suicídio. Torres está preso desde janeiro e estaria com o estado de saúde se agravando na prisão.
No pedido de habeas corpus enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa afirma que houve uma piora do quadro clínico do ex-ministro após a crise que teve no fim de semana, que levou à requisição de adiamento do depoimento que daria à Polícia Federal na segunda (24).
Segundo o advogado, a psiquiatra que atende Torres já havia diagnosticado, em 14 de abril, o “risco de suicídio” do ex-ministro, o que levou a defesa a pedir a revogação da prisão cautelar à Procuradoria-Geral da República (PGR). A profissional teria dito que “dentro desse contexto, vem aumentando o risco de tentativa de auto-extermínio. Ainda com o intuito de conter essas crises e prevenção de suicídio, indico internação domiciliar (melhorar fatores protetores de prevenção)”, reproduz o pedido de habeas corpus.
“Há imperiosa necessidade de preservação da vida, com a resposta urgente que a excepcionalidade do caso exige. [...] Destacamos mais uma vez o espírito cooperativo da defesa e a certeza de que o maior interessado na apuração célere dos fatos é o Sr. Anderson Torres. Nossa confiança na Justiça é inabalável e nosso respeito ao Supremo Tribunal Federal é incondicional”, escrever o advogado Eumar Novacki.
O pedido de habeas corpus também retrata o parecer favorável da PGR para a soltura de Torres, que foi negada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na terça (25), o magistrado também negou o pedido de visita do deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) ao ex-ministro.