O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres.| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.
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A defesa do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, voltou a pedir nesta segunda-feira (10) a revogação de sua prisão preventiva. Torres, que é ex-ministro da Justiça, foi preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que investiga o papel de autoridades públicas nos atos de vandalismo de 8 de janeiro.

Ele está preso desde 14 de janeiro, quando voltou dos Estados Unidos, onde passava férias com a família. No mês passado, Moraes rejeitou um recurso da defesa e manteve a prisão preventiva do ex-secretário. Torres trocou de advogados e agora é representado por Eumar Novacki, Raphael Menezes, Edson Smaniotto e Fábio Fernandez. A nova banca assina este pedido de liberdade.

Os advogados argumentam que “as investigações em curso já apontam para a ausência de qualquer conduta criminosa do ex-secretário Anderson". “É forçoso reconhecer que a liberdade do requerente [Anderson Torres] não representa risco que justifique a manutenção da custódia preventiva, motivo pelo qual o requisito concernente à necessidade de garantia da ordem pública, na conjuntura hodierna, afigura-se inexistente”, diz o pedido encaminhado à Corte.

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Além disso, a defesa ressalta as condições psicológicas do ex-secretário na prisão. “Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer. O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, ‘entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos’”, diz o documento.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]