O advogado de Roberto Jefferson, Luiz Gustavo Cunha, disse à Gazeta do Povo que a prisão do ex-deputado nesta sexta-feira (13), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, foi "arbitrária". Afirmou ainda que pedirá a prisão domiciliar, em razão de problemas de saúde que ele enfrenta, e só depois discutirá no Supremo Tribunal Federal (STF) o mérito das imputações.
"A prisão arbitrária, isso é fato, pois foi fundamentada em opinião, por mais dura que ela seja. A ordem constitucional foi quebrada, o ministro é suspeito porque processa civilmente o Roberto Jefferson. E ele não tem foro privilegiado para ser investigado no STF", disse à reportagem.
Segundo Luiz Gustavo, Jefferson estava em casa, no município de Comendador Levy Gasparian, na região serrana do Rio de Janeiro, há uma semana e meia, por causa de uma inflamação aguda no fígado.
"Esteve internado esses dias e estamos avaliando se o tratamento será cirúrgico ou não", disse.
Em áudio distribuído para apoiadores antes da prisão, Jefferson disse que, com a medida, o STF teria chegado “ao limite da inconstitucionalidade e da agressão à ordem jurídica nacional”. Afirmou que foi preso por uma questão pessoal do ministro Alexandre de Moraes.