A administradora do Plano Piloto no Distrito Federal, Ilka Teodoro, pediu demissão do cargo na manhã desta segunda (9) após os protestos violentos que culminaram com a invasão aos palácios dos Três Poderes no domingo (8). O cargo é semelhante ao de um prefeito, mas voltado apenas à gestão da principal região administrativa do DF e de indicação do governador distrital.
A saída de Ilka é a primeira reação de um aliado do governador Ibaneis Rocha (MDB) após os protestos de domingo (8) e o afastamento temporário ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na madrugada desta segunda (9).
Ilka Teodoro disse, em uma postagem no Twitter, que a “ausência de um comando firme na segurança pública, coordenando as operações e ordens de missão do dia e garantindo a participação e integração dos demais órgãos” e que isso “deixou um vácuo doloso e um cenário de terra arrasada”.
“No âmbito do Governo do DF, a situação é de insustentabilidade. Como cidadã e como Administradora Regional, jamais havia me sentido tão insegura e impotente. A ação tardia do GDF é injustificável e indefensável. Os danos causados são irreparáveis”, completou ao comunicar seu pedido de demissão “em caráter irrevogável” -- ela ocupava o cargo desde 2019.
Na postagem, a administradora disse, ainda, que a intervenção federal na segurança pública decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi necessária “para que fossem adotadas as medidas urgentes para restaurar a lei e a ordem no território e para que possamos sonhar em voltar ao cenário de normalidade, com o diálogo preciso para reconstrução do país”.