A deputada federal Erika Kokay (PT-DF)| Foto:
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A deputada Erika Kokay (PT-DF) postou neste domingo (29), no Twitter, que “Bolsonaro não seria presidente se as eleições de 2018 não tivessem sido fraudadas”. Em seguida, escreveu: “Nós não aceitaremos mais nenhum tipo de golpe contra a democracia neste país!”

O post levou o próprio presidente Jair Bolsonaro a questioná-la na rede social, publicando em resposta um ponto de interrogação. Nesta segunda, à Gazeta do Povo, ela afirmou que houve "fraude" porque Lula foi retirado da disputa (leia abaixo).

Antes, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, comentou a postagem. “Aí é DO BEM!!! Sempre pode tudo se vier da facção! Mas experimente simplesmente falar sobre possibilidade de mais transparência se for do outro lado! Tudo pela democracia, não é @STF_oficial e @TSEjusbr ?! Não ouviremos uma declaração ou movimento contra isso, não é impren$a?!”

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Bolsonaro responde a inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por cobrar mais transparência e segurança na votação eletrônica. Passou a ser investigado depois de divulgar vídeos que circulam na internet que apontam fraudes nas eleições de 2018 e 2014. A Corte Eleitoral diz que nunca foi comprovada uma fraude nas eleições com as urnas eletrônicas.

Neste domingo (29) reportagem enviou à deputada questionamentos para esclarecer sua postagem. Nesta segunda (30), ela respondeu, afirmando que, no seu entendimento, as eleições foram fraudadas porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi retirado da disputa porque foi preso.

“Bolsonaro só ganhou a eleição porque Lula estava preso. É nesse sentido que houve fraude, não são questionamentos sobre a urna eletrônica. Lula estava em primeiro lugar e não pôde disputar, porque foi injustamente preso, uma prisão política. Nós temos absoluta confiança nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral”, afirmou a deputada.

Ainda no domingo, Kokay publicou na rede social a seguinte postagem: “Militância bolsonarista fatura até R$ 1 milhão com vídeos propagando fake news sobre eleição. Até quando a legislação e as plataformas serão permissivas com o crime? Mentem, ameaçam a democracia e ainda faturam alto? É preciso dar um basta!”