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O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) entrou com uma ação pedindo que o Tribunal Supeior Eleitoral (TSE) apure os gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) com as motociatas realizadas pelo país. Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que os gastos do Presidente com cartões corporativos mostram provável financiamento de campanha eleitoral antecipada disfarçada de passeios de moto. “Só no mês passado, esses cartões somaram R$ 4,2 milhões”, diz o deputado. “Isso indica que ele (Bolsonaro) pode estar usando recurso público para realizar esses passeios de moto e promover propaganda eleitoral antecipada. Acionei o Tribunal Superior Eleitoral para pedir a apuração”, escreveu o parlamentar. “Em vez de trabalhar, Bolsonaro prefere usar, em benefício próprio, o dinheiro que a população paga de impostos”. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.
“Por si só, as motociatas já consomem recursos públicos, pois os deslocamentos do Presidente da República exigem a mobilização de uma estrutura de segurança robusta. Os Cartões de Pagamento do Governo Federal (CPGF), popularmente conhecidos como cartões corporativos, são usados no pagamento de parte dessas despesas. Além dos cartões, há o pagamento de diárias, passagens e outros custos destinados às equipes de segurança e apoio. Também há a locação de veículos, transporte e outros serviços”, diz a ação. “As motociatas de Jair Bolsonaro voltaram a ser realizadas no mês de abril. A consequência disso foi o aumento explosivo dos gastos com os cartões corporativos sigilosos no mesmo período.”
Na última semana Moraes determinou que uma associação de Campinas (SP) informe os recursos arrecadados para a motociata que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL). O evento foi realizado no dia 15 de abril. A associação também deverá esclarecer "se há algum tipo de vinculação com o senhor Jair Messias Bolsonaro". O ministro acatou um pedido apresentado pelo PDT, que argumentou que Bolsonaro vem participando de eventos como a motociata para "impulsionar a sua candidatura à reeleição, o que é vedado pela legislação eleitoral.