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Deputados bolsonaristas se mobilizam para que o analista de gestão da Fiocruz, Florio Polonini, tenha votos suficientes para integrar a lista tríplice que será encaminhada ao Palácio do Planalto para a escolha do novo presidente da instituição de pesquisa. Os parlamentares acusam a entidade de aparelhamento político. Pedem uma Fiocruz "neutra", comandada com o apoio de aliados de Jair Bolsonaro. Será ele que nomeará o novo presidente da fundação.
Os servidores da instituição votam virtualmente entre os dias 17 e 19 de novembro e devem escolher três nomes. São quatro os candidatos. Além da atual presidente, Nísia Trindade, concorrem a uma vaga na lista tríplice o vice-presidente, Mario Moreira, e o coordenador de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio. Polonini registrou o seu nome no último momento, tornando-se o quarto concorrente e garantiu ser apartidário. Disse que seu principal objetivo é valorizar os servidores. "Estão tentando me vincular a um partido político, mas sou apartidário", disse. "Meu questionamento quanto aos demais candidatos se dá porque eles representam um só projeto. Hoje, temos dois projetos, o meu criado com os servidores, e o da atual presidente, representado pela chapa tríplice."