A possibilidade de gravação de conversas entre advogados e clientes em presídios federais de segurança máxima também foi retirada do pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O texto está sendo analisado, nesta quarta-feira (18), por deputados que compõem um grupo de trabalho na Câmara. A previsão estava no relatório do deputado Capitão Augusto (PL-SP), que autorizava a gravação mediante decisão judicial fundamentada. A maioria do grupo decidiu, no entanto, vetar essa possibilidade mesmo com autorização da Justiça.
Os deputados também derrubaram, nesta quarta-feira (18), o item que previa que os atendimentos de advogados a esses presos deveriam ser previamente agendados. O grupo retirou, ainda, do texto de Moro, a previsão de que o diretor do estabelecimento penal federal decida sobre a manutenção de presos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) – regime mais duro de prisão, onde eles ficam isolados dos demais. Mais cedo, o grupo da Câmara já havia decidido retirar do texto o ponto que previa a instalação de escutas em locais abertos ao público sem autorização judicial.