São Paulo vai adotar medidas mais restritivas para conter o avanço da pandemia da Covid-19 a partir desta segunda (15). "Temos que entrar em uma nova fase do Plano São Paulo. Ela é mais restritiva, eu reconheço. Não é fácil tomar essa decisão", disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na quinta (11). O governador afirmou que se solidariza com a população neste momento. "É difícil não poder sair para trabalhar, batalhar pelo sustento da sua família, ir para escola, para faculdade", destacou.
A "fase emergencial" vai ocorrer entre 15 e 30 de março. A nova classificação prevê restrições a 14 atividades, o que deve restringir a circulação de 4 milhões de pessoas diariamente. Estará vetado o funcionamento presencial de lojas de construção, celebrações religiosas, atividades esportivas coletivas e serviços de retirada de compras ("take away"). Além disso, o home office será obrigatório em órgãos públicos, escritórios e "quaisquer atividades desde que o setor não seja essencial". Também foi determinado um toque de recolher entre as 20h e as 5h, diariamente.
Praias e parques deverão ser fechados. Os serviços de drive-thru poderão funcionar apenas entre as 5h e as 20h, mas o delivery é permitido em qualquer horário. O objetivo é garantir o isolamento social em um índice de 50%.
De acordo com o governo, também foram recomendados escalonamentos de horário de atividades para reduzir as aglomerações no transporte coletivo. A indicação é que trabalhadores da indústria entrem entre as 5h e as 7h, enquanto de serviços das 7h às 9h e, por fim, do comércio das 9h às 11h.
Além disso, as escolas estaduais estarão abertas apenas para alimentação e distribuição de materiais e chips mediante agendamento prévio. As escolas particulares e municipais terão autonomia para fechar ou não.
O estado de São Paulo tem 2.149.561 casos e 62.570 óbitos confirmados por covid-19. A taxa de ocupação de UTI é de 83%, média que é de 83,6% na Grande São Paulo. Em enfermarias, a ocupação é, respectivamente, de 67,1% e 74,9%.