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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quinta-feira (22) que o presidente Jair Bolsonaro comete um "ato criminoso" ao não permitir a aquisição da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. O tucano prometeu judicializar a questão em "defesa dos brasileiros".
"O presidente da República disse que não vai permitir a compra dessa vacina mesmo se (sua eficácia) for comprovada pela Anvisa. Se o absurdo já era grande, agora beira a situação criminal. Negar o acesso a uma vacina aprovada pela Anvisa em meio a uma pandemia que já vitimou 155 mil brasileiros é criminoso e desumano", disse.
Doria afirmou que o impasse pode acabar na Justiça, como alguns partidos entraram para garantir autonomia a estados e municípios. "Se ele (Bolsonaro) prosseguir nessa linha, teremos que judicializar esse processo na defesa do direito de todos os brasileiros", disse o governador. Na quarta (20), Bolsonaro anunciou que mandou cancelar a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa. Já nesta quinta, o presidente justificou que a vacina "não transmite segurança para a população".