Na sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU, Ronaldo Costa Filho pediu reavaliação das sanções, especialmente as que afetam a economia global e o abastecimento alimentar| Foto: Reprodução Itamaraty
Ouça este conteúdo

Na sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU, que teve início na manhã desta segunda-feira (28) para tratar da invasão russa à Ucrânia, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, reforçou o posicionamento contrário aos ataques russos e repetiu críticas às sanções impostas pela Europa e pelos Estados Unidos à Rússia.

O embaixador iniciou sua fala relembrando o voto brasileiro a favor da resolução, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, para condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia, e disse que o conselho ainda não exauriu todos os seus instrumentos para contribuir com uma solução diplomática para a paz.

O diplomata citou, ainda, que os ataques russos são uma violação clara à Carta da ONU, assinada por todos os países-membros em 1945, após o encerramento da 2ª Guerra Mundial. “O Brasil reforça seus pedidos de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, bem como o respeito pelo direito humanitário internacional”, disse.

Publicidade

Costa Filho solicitou que “todos os envolvidos” reavaliassem as sanções que têm sido impostas à Rússia como forma de pressionar o país a encerrar os ataques, “principalmente aquelas que podem afetar a economia global, incluindo o abastecimento alimentar”.

O embaixador também pediu medidas para garantir a proteção da população e da infraestrutura civil e de todos os deslocados e refugiados. “O Brasil expressa sua gratidão à Polônia, Eslováquia, Hungria, Moldávia, Romênia e outros por facilitarem a saída das pessoas que fogem do conflito, incluindo brasileiros e latino-americanos”, declarou.