Nesta segunda-feira (2), Antonio Saldanha, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), opinou sobre punições a empresas envolvidas a escândalos de corrupção. Na opinião do magistrado, houve "algumas situações" em que empresas envolvidas em corrupção foram responsabilizadas excessivamente. Isso porque, segundo Saldanha, os deslizes são cometidos pelas pessoas físicas que ocupam as direções dessas organizações, não pelas companhias em si.
Uma vez punidas, essas empresas buscaram acordos de leniência para colaborar com as investigações e poder retomar suas atividades. Mas, segundo o ministro, os acordos não têm garantido tranquilidade às companhias. Faltaria, diz, maior vinculação entre os órgãos. "Ela (a empresa) hoje faz um acordo com o Ministério Público e ainda pode ser responsabilizada pelo Tribunal de Contas", apontou Saldanha. "Não tem uma vinculação entre os órgãos. É preciso ter uma costura disso."