O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (27) que vai pedir para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o porte de arma no Distrito Federal nos próximos dias. A intenção da equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é reforçar a segurança durante a cerimônia de posse, marcada para o dia 1º de janeiro.
"Agora, no começo da tarde, vamos requerer ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do inquérito dos atos antidemocráticos, que suspenda o porte de arma de fogo no Distrito Federal entre amanhã [quarta-feira] até o dias 2 ou 3 de janeiro", afirmou Dino a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição, em Brasília.
As medidas de segurança para a posse estão reforçadas, principalmente após a prisão de um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), que plantou um artefato explosivo em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília, no sábado (24).
De acordo com Dino, o objetivo é que até mesmo pessoas com registro de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) sejam impedidas de portar e se deslocar com armas durante o período determinado. “Qualquer posse ou porte de arma nesse período será considerado crime. Esperamos ter mais uma camada de proteção para que as forças policiais fiquem autorizadas a apreender armamentos e prender em flagrante quem circular no Distrito Federal nesse período da posse portando armamentos”, disse o futuro ministro.
Mais cedo, Dino se reuniu com o futuro ministro da Defesa, José Múcio, e com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para acertar detalhes sobre o planejamento do esquema de segurança para a cerimônia de posse.