A ex-deputada federal Flordelis começou a ser julgada nesta segunda-feira (7) por envolvimento no assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, crime ocorrido em junho de 2019. Ela é apontada como mandante da execução. Além dela, outros quatro réus também serão levados ao júri popular: sua filha biológica, sua neta e dois filhos adotivos. O julgamento começou às 9 horas no Tribunal do Júri de Niterói, no Rio de Janeiro e deve durar mais de um dia.
Em agosto de 2021 o plenário da Câmara dos Deputados cassou o mandato da deputada Flordelis por quebra de decoro parlamentar em razão da suspeita de participação da parlamentar no caso. Foram 437 votos favoráveis, sete contrários e 12 abstenções.
Em novembro de 2021, dois filhos da ex-deputada foram condenados pelo assassinato. Flávio dos Santos Rodrigues, acusado de ter efetuado os disparos contra a vítima, foi sentenciado a 33 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime inicialmente fechado.Ele foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada.
O outro acusado Lucas Cezar dos Santos de Souza, apontado como o responsável por adquirir a arma do crime, foi condenado a sete anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado, por homicídio triplamente qualificado. Em seu depoimento ele alegou que não sabia que a arma que ajudou a comprar seria para matar o pastor Anderson e que, quando foi sondado por parentes para cometer o assassinato, se negou a executar o crime.
Em abril deste ano, outros quatro réus foram condenados por envolvimento no crime: o filho biológico de Flordelis, Adriano dos Santos Rodrigues, condenado a quatro anos, seis meses e 20 dias de reclusão, o ex-PM Marcos Siqueira Costa, a cinco anos e 20 dias de reclusão, e sua esposa Andrea Santos Maia, a quatro anos, três meses e dez dias de reclusão.
O filho adotivo de Flordelis, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, foi absolvido da acusação de homicídio triplamente qualificado consumado e da tentativa de homicídio duplamente qualificado, mas foi condenado a dois anos, dois meses e 20 dias pelo crime de associação criminosa armada. Ele foi solto em maio por já ter cumprido parte da pena.