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Rêgo Barros, porta-voz da Presidência, foi exonerado| Foto: José Dias

O general Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência da República, afirmou na segunda-feira (19) em entrevista no programa Conversa Com Bial, na TV Globo, que a escolha do "cercadinho" na saída do Palácio da Alvorada não foi a escolha mais adequada do presidente Jair Bolsonaro para se comunicar. Rêgo Barros deixou oficialmente a função no início de outubro. "Olha, eu diria que não foi tecnicamente a escolha mais adequada", disse. "Tecnicamente, fica muito difícil de você estabelecer uma estrutura comunicacional com a sociedade colocando na linha de frente a principal autoridade que promove a geração da informação", explicou.

O ex-porta-voz afirmou ainda que no final de 2019 "o presidente começou a optar em fazer uma comunicação mais direta que competia com a comunicação técnica do porta-voz". Para Rêgo Barros, "não havia, obviamente, mais espaço, nem temporal e nem espaço técnico, para dar continuidade ao trabalho do porta-voz".

Rêgo Barros afirmou na entrevista que "não tinha" autoridade para orientar o presidente sobre a declaração dos 5 mil mortos por coronavírus, por exemplo, quando Bolsonaro respondeu "e daí".