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Em depoimento para a CPI da Covid-19 nesta sexta-feira (11), o médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz e ex-presidente da Anvisa, Cláudio Maierovitch, afirmou que o Brasil precisa adotar o lockdown para reduzir drasticamente as taxas de transmissão do coronavírus no País. “Nós precisamos de lockdown. Nós precisamos de confinamento. Temos experiência mundial suficiente para saber da eficácia dessa medida”, disse o especialista, destacando exemplos de fora para endossar a medida.
“Temos o exemplo de Portugal, um país tão familiar para nós. Portugal foi um dos países que teve a melhor experiência na chamada primeira onda. E lá eles tiveram realmente alguma coisa que se possa chamar de onda. Que sobe e depois desce bastante. Aqui nós não tivemos. A gente tem subida, subida e subida. Então eles tiveram um sucesso importante entre os países europeus. Depois relaxaram no final do ano passado principalmente e tiveram novamente uma subida grande. Adotaram um novo lockdown e funcionou de novo”, disse.
De acordo com Maierovitch, não há mais dúvidas da efetividade desse tipo de medida e que a restrição faria a curva da doença “mergulhar. “Se deixar de haver uma movimentação intensa em um período de duas semanas, isso cumpre um ciclo da doença. Ou seja, as pessoas ficam transmissoras por até duas semanas. Se durante esse período elas ficaram em casa e não transmitirem esse ciclo se encerra na medida que houver um alcance razoável nesse tipo de confinamento”, afirmou.