O ex-presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, de 64 anos, foi condenado na terça-feira (12), pelo Tribunal Federal do Brooklyn, a 20 meses de prisão nos Estados Unidos pela participação em um esquema de suborno envolvendo funcionários da Petrobras, caso investigado pela da Lava Jato. Além da prisão, o executivo terá que pagar também uma multa no valor de US$ 1 milhão e teve US$ 2,2 milhões em bens confiscados pela justiça americana.
No mês de abril, Grubisich se declarou culpado à justiça americana e admitiu o desvio de U$ 250 milhões da empresa, valores usados no pagamento de propinas a funcionários públicos e partidos políticos do Brasil para “garantir” os interesses da companhia.
“Grubisich abusou de sua posição de confiança como CEO da Braskem para facilitar e ocultar o pagamento de milhões de dólares em propinas para que a companhia pudesse aumentar seus lucros e seus executivos seniores - incluindo o próprio Grubisich - pudessem se beneficiar pessoalmente”, declarou na época o Procurador dos Estados Unidos em exercício, Mark J. Lesko. Em 2019, a empresa, que era controlada pela Odebrecht, assinou um acordo de leniência no valor de R$ 2,87 bilhões.