Uma nota conjunta assinada pelos ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defende o voto eletrônico no Brasil. A manifestação acontece dias depois do presidente Jair Bolsonaro voltar a lançar dúvidas sobre a integridade das urnas eletrônicas.
No comunicado, os ministros reforçam que eleições livres, seguras e limpas são da essência da democracia e que o Congresso Nacional, além do próprio TSE, conseguiram eliminar um passado de fraudes eleitorais que marcaram a história do Brasil, no Império e na República. “Desde 1996, quando da implantação do sistema de votação eletrônica, jamais se documentou qualquer episódio de fraude nas eleições. Nesse período, o TSE já foi presidido por 15 ministros do Supremo Tribunal Federal. Ao longo dos seus 25 anos de existência, a urna eletrônica passou por sucessivos processos de modernização e aprimoramento, contando com diversas camadas de segurança”, diz a nota pública.
O informe reforça ainda que as urnas eletrônicas são auditáveis em todas as etapas do processo de votação nas eleições, que é acompanhado por todos os partidos políticos, além da Procuradoria-Geral da República, Ordem dos Advogados do Brasil, Polícia Federal, universidades e convidados.
“É importante observar, ainda, que as urnas eletrônicas não entram em rede e não são passíveis de acesso remoto, por não estarem conectadas à internet”, lembra a nota, afirmando ainda que o voto impresso não é um mecanismo adequado de auditoria para se somar aos demais, por ser menos seguro que o voto eletrônico e pelos riscos recorrentes da manipulação humana.
“A contagem pública manual de cerca de 150 milhões de votos significará a volta ao tempo das mesas apuradoras, cenário das fraudes generalizadas que marcaram a história do Brasil”.