O conselho de ética do Patriota aprovou nesta terça-feira (21) o pedido de afastamento do presidente do partido, Adilson Barroso. Com isso, Barroso deixa a presidência da sigla, o diretório nacional e demais cargos partidários que ocupava.
A executiva, no entanto, manteve a filiação partidária do presidente afastado. A movimentação ocorre meses depois de Adilson Barroso negociar a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido.
O filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (RJ) chegou a se filiar ao partido para tratar da filiação. No entanto, uma ala da sigla contrária reagiu as negociações lideradas por Barroso.
O imbróglio acabou indo parar na Justiça depois que os opositores de Adilson lhe acusaram de manipular convenções do partido. O presidente do Patriota acabou sendo afastado por meio de uma liminar da Justiça.
Com o racha interno, as negociações com Bolsonaro não foram adiante. Recentemente o chefe do Palácio do Planalto disse que ainda não conseguiu uma legenda para se filiar para as eleições de 2022 e que "está no zero".
"Eu estou ainda no zero. Não consegui um partido, e um partido é igual a um casamento. Não basta querer casar com ela, ela tem que querer casar comigo também. Se bem que isso não é prioritário pra mim, porque eu posso ter o partido até março do ano que vem caso venha disputar a reeleição", disse Bolsonaro.