O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.| Foto: Isac Nobrega/PR.
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O Comando do Exército divulgou nesta sexta-feira (24) o processo administrativo aberto contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ). O documento havia sido colocado em sigilo por 100 anos. Pazuello, que foi eleito deputado federal, participou de um ato ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2021.

Na época, o ex-ministro era general da ativa. O código de conduta do Exército proíbe a participação de militares da ativa em atos políticos. No último dia 17, a Controladoria-Geral da União (CGU) deu prazo de 10 dias para o Exército retirar o sigilo. O documento de 17 páginas mostra a defesa do ex-ministro e a resposta do então comandante do Exército, Paulo Sergio Nogueira, absolvendo Pazuello, informou o Estadão.

O oficial afirmou que avisou Nogueira na véspera de sua participação no ato com a presença de Bolsonaro. Pazuello disse ainda que só discursou no evento porque foi surpreendido pelo ex-presidente, que lhe passou o microfone.

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"Relembro-vos que o informei por telefone no sábado que iria ao passeio no domingo, a convite do presidente. Os laços de respeito e camaradagem entre mim e o presidente da República, a meu ver, justificam o convite para o passeio", disse Pazuello em sua defesa.

No documento, o então comandante do Exército confirma ter sido avisado pelo ex-ministro do evento. Nogueira arquivou o processo e considerou que a participação de Pazuello no evento não teve "viés político-partidário".

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]