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Um mês após Fabio Wajngarten assumir a chefia da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), um contrato entre a Igreja Universal do Reino de Deus e a FW Comunicação, empresa que pertence ao secretário, teve reajuste de 36%. A Universal contrata a FW para a realização da auditoria e do controle da exibição de programas evangélicos em espaços comprados de diferentes emissoras. Com isso, a remuneração à empresa de Wajngarten subiu de R$ 25,6 mil para R$ 35 mil. Na gestão do secretário, a Record – que pertence ao bispo Edir Macedo, da Universal – e outras emissoras de TV passaram a receber um percentual maior da verba publicitária do governo. As informações constam em uma planilha apresentada na terça-feira (18) pela defesa de Wajngarten à Comissão de Ética Pública da Presidência e obtida pelo jornal "Folha de S. Paulo". No mesmo dia, a Comissão decidiu arquivar o caso. Em nota à "Folha", a Secom afirmou que o jornal descontextualizou informações sigilosas e elaborou uma "matéria caluniosa". O advogado de Wajngarten, por sua vez, afirmou que o arquivamento do caso demonstra que "não houve e nem há conflito de interesses ou favorecimento" nos atos do secretário.