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Em depoimento à CPI da Covid do Senado, familiares de vítimas que morreram em razão da Covid-19 contestaram posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus. Antonio Carlos Costa, fundador da ONG Rio da Paz, que perdeu um filho para a doença no ano passado, recordou que Bolsonaro minimizou o poder do vírus e promoveu aglomerações. "Impressionante a falta de empatia. Que nunca mais sejamos governados da mesma maneira por quem quer que seja", disse. Já Kátia Shirlene Castilho dos Santos, que viu pai e mãe morrerem em um intervalo rápido em virtude da Covid-19, disse que Bolsonaro "faz mal" ao país. "Quando a gente vê um presidente da República imitando uma pessoa sem ar… se ele tivesse ideia do mal que ele faz, além de todo o mal que ele já fez, ele não faria isso", apontou.
As críticas foram reforçadas por Jarquivaldo Birques Leite, morador de Goiás, que contraiu a doença e sobreviveu, mas sofre com sequelas: "O presidente cometeu um genocídio premeditado ao atrasar a vacina".
A CPI ouve nesta segunda (18) familiares de vítimas da Covid-19. Os participantes representam as cinco regiões do Brasil.